
Oficina organizada pela Associação das Mulheres Indígenas da Região de Taracúa (Amirt) em parceria com o Departamento de Mulheres Indígenas da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn) e apoiado pela Fundação Nacional do Índio, através da Coordenação Regional do Rio Negro, reuniu entre 11 a 16 de janeiro, em Taracúa, médio Uaupés, artesãs indígenas da etnia Tukano para troca de conhecimentos e produção de peças de cerâmica.
Durante a oficina as participantes produziram várias peças de cerâmicas de todos os modelos, como pratos, penelas e muitos outros.
Além de trocar conhecimentos, e ensinar as técnicas de produção e as narrativas relacionadas ao tema às participantes mais jovens, as organizadoras da oficina, programaram também intercâmbio com outras experiências, como da Pimenta Baniwa.

Para isso, foi convidado o André Baniwa, presidente da Organização Indígena da Bacia do Rio Içana (Oibi) para contar a experiência Baniwa de organização, e principalmente, o histórico da criação da marca Arte Baniwa e os produtos como a cestaria Baniwa e a Pimenta Baniwa.
A ideia do intercâmbio foi fortalecer a iniciativa da Amirt na produção e comercialização dos produtos feitos pelas mulheres da região de Taracúa, que vem sendo feito há vários anos.
“Gostamos muito da experiência, conhecer um pouco mais do trabalho que fazem, e contribuir com nossa experiência, referente, especialmente, no trabalho realizado em todas as etapas da comercialização da Pimenta Baniwa, com certeza irá ajudar no fortalecimento e na organização do trabalho delas”, disse André.
As participantes, em seus depoimentos, afirmaram que é importante que mais intercâmbios sejam realizadas para a troca de experiências e conhecimentos entre as iniciativas de organizações e povos indígenas do Rio Negro.
Em 2015, a Pimenta Baniwa também foi um dos temas de intercâmbio entre Baniwa e representantes do Povo Apiaká, Kayabi e Munduruku quando vieram para o Rio Negro.